Encontro Nacional

Encontro Nacional

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Namoro que não dá casamento!

Nos dias atuais, para muitas pessoas me parece que namorar não está mais na moda. Para algumas pessoas isso soa muito estranho, pois para muitos o caminho para o casamento passa pelo namoro. Antigamente o homem interessado em conhecer a moça, literalmente, conhecer a moça, precisava da permissão dos pais dela. Nesse processo de conhecer passavam um bom tempo conversando, apenas conversando. Quando era possível (e dificilmente era) eles pegavam um na mão do outro, quando muito davam um beijinho ou outro, às escondidas. Esse processo lento levava meses, e o homem ia vagarosamente conhecendo a moça até saber se realmente chegariam ao casamento. Ele sabia do que ela gostava, do que ela não gostava, sabia sua religião, se ela queria ter filhos e quantos, enfim conhecia praticamente o que a moça entendia por casamento.
Nos dias de hoje (isso não é regra) o namoro leva tempo quase nenhum e de conversa quase nenhuma. A maioria dos jovens se conhecem, logo estão beijando e não muito tempo depois estão transando. Nesse tempo de namoro tanto um quanto outro falam de muitas coisas, mas pouco do que poderiam e deveriam falar: casamento. Quando, depois de alguns meses de namoro, resolvem casar é que vão pensar sobre o assunto, a festa de casamento. Quando chegam em casa e colocam-se sob o mesmo teto é que começam prestar atenção na pessoa que vai dividir o mesmo espaço. Essa atenção começa a mostrar coisas que não foram ditas no período em que “namoraram”, ou “ficaram” como alguns chamam. Ela e ele não sabiam exatamente o que iriam compartilhar até terem de compartilhar.
Quando os namorados passam a viver juntos colocam, cada um, seus conteúdos em relação ao outro. Por isso é tão importante a convivência, é o momento em que o homem ou a mulher sabe se um realmente é para o outro. Às vezes durante o período que namoravam, a música estava tão alta, a bebida era tanta e as pessoas ao redor eram tantas que ele não conseguiu ouvir que na casa dela quem manda é ela. Ela também pode não ter conversado sobre o hábito que ele tem de ir ao bar, nem mesmo se deu conta que ele não tem o menor problema em comprar e não pagar.
Cada um dos namorados, muito antes de se encontrarem começaram a construir um conjunto de verdades que são a base de suas vidas. As verdades que cada um tem não são verdades finais, como a força da gravidade, mas são princípios de verdade. São pequenos e grandes conceitos que cada um coloca na relação com o outro. Como no caso dos namorados, imagine que a menina não suporta homem que fica devendo para os outros, esse princípio de verdade impediria ela de namorar um homem que não paga suas contas. Quando os princípios de verdade são fortes, por mais que a pessoa goste da outra, suas verdades falam mais alto.
Não existem verdades que sejam boas ou más, certas ou erradas, mas verdades que se tornaram os fundamentos da vida de cada um. Estas verdades, quando colocadas em interseção com outras pessoas podem nos aproximar ou nos afastar, unir ou separar. É importante saber quais são as suas verdades, elas podem estar lhe aproximando de pessoas e coisas boas, assim como o contrário. Talvez seja só no meu mundo que exista isso, mas pessoas que não vêem problemas em comprar coisas roubadas, muitas vezes também são roubadas.
Rosemiro A. Sefstrom

Nenhum comentário:

Postar um comentário